quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Veronique

Era um rapaz tão obstinado quanto os gandulas das partidas de tênis. Ia ser pai e sua vida girava em torno disso, assim como os cachorros tentam alcançar o próprio rabo. O chá de bebê transcorria ordinariamente. Resolveu dar uma mijada. Na saída do banheiro, deu de cara com Tia Veronique. Tia Veronique era chata para caralho. Antes que ela tomasse fôlego para falar alguma coisa, foi para a sala. Sentou. Mentalizou mais uma vez que tudo acabasse logo e ele pudesse ver um pouco de pornografia na internet, quando sua mulher dormisse. Virou para o lado. Tia Veronique vinha em sua direção. Tinha retocado o batom. Sua voz era um pássaro que passava perto da janela: “Príncipe... Mijou e não caiu nenhuma gotinha fora da privada.”

sábado, 12 de setembro de 2009

Pólo de Gastronomia - Visc. de Caravelas - 11/09/09


Informal

Plebeu



Aurora

Pizza Park (Cobal) - 11/09/09



Para ler FROTTEURISMO na íntegra, clique AQUI

Cobal do Humaitá - 11/09/09




4º Ataque - 11 e 12/09/09

Foram literalizados:

- Cobal do Humaitá
- Puebla Café (Cobal)
- Pizza Park (Cobal)
- Aurora (Visc. de Caravelas)
- Plebeu (Visc. de Caravelas)
- Informal (Visc. de Caravelas)
- Devassa (Voluntários)
- Subway (Humaitá)

A arte de literalizar banheiros

Literalizar banheiros exige certo desprendimento. Exige também alguma dose de cara de pau. Um pouco de espírito de porco e, segundo alguns, é fundamental que o sujeito que cola adesivos em banheiros também esteja bem servido de falta do que fazer. Some-se a isto, vontade de gastar dinheiro com impressão de adesivos sem nenhum objetivo final, e disposição para perder preciosas horas de sono.
O resultado é isso aí: coisa nenhuma.
Em breve, mijaremos fora do penico em Amterdam, Milão,  outras terras.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Mais Ribeirão

terça-feira, 8 de setembro de 2009

3º Ataque - Ribeirão Preto - 06/09/09


Eis que os blogueiros resolveram dar uma Mijada fora de suas divisas...

Pinguim, Centro - Ribeirão Preto, SP






Empório, Ipanema - 05/09/09




sábado, 5 de setembro de 2009

Academia da Cachaça, Leblon - 05/09/09

Frotteurismo

Conforme já explicado em recente post homônimo, e no subtítulo deste blog, musa latrinalis é o nome de uma parafilia pela qual a pessoa sente uma compulsão por escrever obscenidades em banheiros públicos. Mas o que seria uma parafilia?

Uma parafilia (do grego παρά, para, "fora de",e φιλία, philia, "amor") é um padrão de comportamento sexual no qual, em geral, a fonte predominante de prazer não se encontra na cópula, mas em alguma outra atividade. São considerados também parafilias os padrões de comportamento em que o desvio se dá não no ato, mas no objeto do desejo sexual, ou seja, no tipo de parceiro. Em determinadas situações, o comportamento sexual parafílico pode ser considerado perversão ou anormalidade. fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Parafilia


Agora, abordaremos uma parafilia chamada de Frotteurismo


Frotteurismo é a excitação sexual resultante da fricção dos órgãos genitais no corpo de uma pessoa completamente vestida (popularmente conhecido como encoxar ou, no Nordeste do Brasil, sarrar), no meio de outras pessoas, como nos trens, ônibus e elevadores. Geralmente estes sintomas acontecem entre os adolescentes e adultos mais jovens, por estarem mais estimulados por hormônios sexuais.

Lebronx - 05/09/09





Informal, Leblon - 04/09/09






Cobal do Leblon - 04/09/09





sexta-feira, 4 de setembro de 2009

2º Ataque

Em 04 e 05/09/09 os bares abaixo foram contemplados com a fina flor da literatura de banheiro:

- Cobal do Leblon
- Academia da Cachaça (Leblon)
- Informal (Leblon)
- Justa Causa (Leblon)
- Lebronx
- Empório (Ipanema)
- Hipódromo (Baixo Gávea)
- Braseiro (Baixo Gávea)

Em breve, fotos e textos do evento.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

aMijada. Leia em pé ou sentada.

Ocupado. Caralho. Não acredito que essa porta tá trancada. Puta que pariu. Vai ser na rua mesmo. Não, na rua é sacanagem. Passa gente pra caralho a essa hora. Mas eu vou mijar onde, porra? Essa merda desse bar só tem um banheiro. Pior que o filho da puta que tá aí dentro deve ser um cheirador de pó, um punheteiro, uma bichinha arrumando o cabelo... Se for alguém cagando aí que eu tou fodido mesmo. Caralho. Minha bexiga vai estourar. Toc toc toc. Vamo, porra.. Toc toc toc, agora mais alto. Nada. Alguém atrás de mim:

- Senhor?

- Sim, tou na fila.

- Senhor...

- Hã...

- O banheiro tá interditado.

Fodeu.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Pelo direito de mijar em pé

do blog do Xico Sá, em 16 de agosto.

O MACHO E A MODINHA DO XIXI SENTADO


Ih, rapaz, por essa a gente não esperava tão cedo. Mas vem da Suécia, pátria de todos os clichês do sexo loiro, uma lufada revolucionária capaz de virar de cabeça para baixo as nossas tristes existências. As gazelas daquele país passaram a obrigar os cavalheiros a mijar sentados. Postura que nos impõe um distanciamento brechtiano em relação ao nosso confidente-mor: agora escondido, mergulhado no vaso, encoberto pela barriga, ele sente que perdeu o arrastado e cansativo debate sobre a pontaria. Ele abaixa a cabeça, num quase mergulho suicida, existencialista perdido diante do trunfo da nova moral burguesa do Politicamente Correto.
Que fazer?
Saltamos, leninistas, abestalhados a buscar uma solução para essa onda que deve varrer o mundo. Aqui em SP, a cidade proibidona, o alcaide não demora por implantar a tal modinha.
Claro que se trata de mais uma novidade do chamado projeto internacional para tentar forjar o dito prospecto do macho sensível. Ora, outro dia admitíamos, no máximo, uma camadazinha de minâncora sobre uma espinha trabalhosa. Hoje vejo íntegros camaradas se lambuzarem de Lancôme sem a menor cerimônia, com a maior cara lavada. Que fazer?, repetimos, estrategicamente leninistas.
Daqui a pouco não restará um só mictório na cidade. Em Estocolmo, apontam entusiastas da nova mania, não é mais possível mijar em pé em alguns bares e restaurantes. O fim do mundo. Tentam acabar com aquela cena clássica de um magote de marmanjos, lado a lado, inveja do pênis do vizinho ou não, tirando água do joelho.
Claro que fizemos por onde ser derrotados nessa peleja. Foram décadas e mais décadas de reclamações. Erramos. Não levamos a sério os quesitos pontaria, tampa levantada etc. Zombamos da boa vontade daquelas que lustram o nosso chão de estrelas. Deu no que deu. Agora, compadres, só nos restarão o Firestone na saída dos bares, a cerca do vizinho, um baobá qualquer a caminho de casa ou o asfalto propriamente dito. (Como este é um espaço proustiano, recordo-me de quando mijávamos na areia quente do sertão, tentando escrever os nossos nomes no chão com vigorosos jatos-mirins.)
Não adianta estrebuchar, pouco importa o direito ao juris esperneandi. O certo é que querem nos civilizar a qualquer custo... É a conspiração internacional da qual tratei linhas atrás. Querem nos androgenar, como diria o lírico sambista Luis Ayrão. “Esse camarada se androginou/ a moça deu bola a ele/ e ele nem ligou”.
Só nos resta aceitar a derrota histórica. Mijar sentado, tudo bem, mas pelo amor de Deus, sem aquele barulhinho erótico de que só uma dama é capaz. Devagar, rapaziada guerreira.

aMijada também acha.